Começa algo...
Começa algo que saibas poder continuar! A história guarda os feitos e tende a esquecer os projetos que só viram a luz nascer, sem nunca sentirem o calor e o cansaço da jornada terminada, com aquele sabor, ora de vitória, ora de derrota, mas sempre de trabalho feito!
Não dês nada...
Não dês nada que saibas não fazer falta, sob pena de esse algo se tornar mais um "habitante da escuridão", de uma gaveta ou recanto.
Não partilhes...
Não partilhes resoluções. Sonha-as, deseja-as, aplica-as e espera que as pessoas que te rodeiam se apercebam delas, mas não faças disso o principal objectivo.
Sê...
Sê e faz tudo por isso, tu és o que fazes, o que dizes, mas acima de tudo és aquilo que passas cá para fora, pois há muito de ti que vai para além do que fazes, dizes ou exprimes, sendo antes uma projeção de tudo o que sentes e se reflete nos teus "saltos", "recuos", "sombras" e "faróis", pois é a partir deles que te seguem, te observam, te temem ou em ti se inspiram!
Nunca pares...
Nunca pares, nem que te retirem as tuas tábuas da verdade, pois estamos sempre a tempo de descobrir que o "preto afinal também pode ser claro" que a mais alta das pedras do teu presente caminho, pode bem ser a mais pequena do teu futuro desígnio. Por vezes longe é perto e perto é demasiado longe, tudo é nada e nada pode ser Tudo!
Perde-te...
Perde-te em ti, afasta-te, questiona-te, põe os teus valores em causa, arrisca a tua defesa, sê o teu maior crítico, mas quando o sol se estiver a deitar, encontra-te, abraça-te, descobre o que sobrou e se for pouco, não desanimes, já fizeste o pior, que foi descobrir o teu caminho errado. Sobram-te muitos outros para escolher sem saber se vais errar novamente, mas por certo não estarás sozinho nas tuas escolhas, pois a mais importante és tu mesmo. Nunca farás nada certo na qual não acredites.
Encontra-te... e sê feliz... ou pelo menos procura sê-lo... pode ser que nos encontremos nesse caminho...
Tenho dito...
João Fernandes.
domingo, 4 de fevereiro de 2018
quarta-feira, 24 de janeiro de 2018
"A coisa mais bonita que existe, mais bonita que a beleza, é a diferença...
O meu ganso é bonito pelo seu porte altivo, pela sua plumagem branca, pelos seu olhos azuis. Mas no meio de 1000 outros gansos ele seria só mais um e eu teria dificuldades em distingui-lo dos demais. É no encontro diário com imensas outras aves e animais que visitam o meu quintal, que cada uma das suas características se destaca pelas suas diferenças e me fazem dizer que ele é realmente único e belo.
Mas é iguais que nos querem a nós... esta europa que nos tolda e nos molda à sua imagem de perfeição idealizada, nos quer cada vez mais monocromaticos nos desejos costumes e atitudes para sermos facilmente "alimentados" e saciados. Fico triste ao perceber que estamos cada vez mais iguais e sedentos de tudo aquilo que nos tentam “impingir”. Ao ritmo do POP, RnB, dos thrillers americanos, dos shows de TV que inundam toda a europa e o mundo, dos hábitos alimentares de Fast-foods e take-away, dos pronto a vestir internacionais que nos tentam limitar a escolha e ditar-nos as supostas tendências!!! Que RAIO!!!!
Adoro sair de Portugal e sentir saudade dele no momento seguinte.
Detesto chegar a outro país e ter aquela sensação que se está em casa.
“Parece quase Portugal” dizemos por vezes, “tem tanta coisa igual”
O bonito do nosso país é a sua singularidade, o seu fado (que felizmente volta em força para as nossas casas), as suas músicas tradicionais (que alegremente vejo renascer pelo sangue da juventude), o seu cinema mais puro e genuíno (apelidado por alguns de saloio) que poucos ainda teimam em manter sem influencias, os seus programas regionais de TV que nos fazem chegar o Portugal real casa adentro, mas que por obra de alguns centralistas teimosos nos querem retirar esse toque que o norte tão bem lhe soube dar, a sua gastronomia e os tascos que nos querem fechar por alegada falta de higiene sob os padrões europeus, as boinas e suspensórios que vão reaparecendo quais cogumelos e aqueles bigodes que nos caracterizavam e que hoje voltam aos poucos às ruas.
É esta pequena chama que alimenta a esperança. A esperança de ver um Portugal mais português, com orgulho naquilo que é seu, que o distingue dos demais países. Não quero dizer que o meu país é o mais bonito, mas é certamente muito bonito e eu farei tudo para mostrar o quão português sou e gosto de ser.
Que se lixem os “Mac” e a ASAE, eu quero poder sentar-me numa tasca a comer uns rojões e ir ao restaurante comer arroz de cabidela.
Que se lixem os Biebers e os Psy, eu quero é ir á queima ouvir o Quim, ir até aos jardins do palácio Cristal ouvir a Mariza e Deolinda, até mesmo os censurados Camaradas da luta.
Que se lixem as séries americanas e os blockbusters, quero é balas e bolinhos e Aniki Bóbó.
Que se lixem as Zaras e Levis, quero poder correr as feiras e escolher o que quero naquela confusão de estilos e qualidades sem outra publicidade que não seja o pregão da cigana ou da feirante do norte.
Cada vez que me perguntam se sou do Porto quando me ouvem falar, eu ganho o meu dia. Não porque a minha pronúncia seja a mais bonita, mas porque ela é diferente e é-me característica.
Vivam as diferenças, vejam o belo que cada uma transporta. Acreditem que vale a pena resistir á massificação. Vale a pena ter orgulho em ser português.
Tenho dito…..
João.
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